2022-12-21
405 cozinheiras das cantinas escolares concluem formação nas áreas de higiene, segurança alimentar e em primeiros socorros.
A cerimónia de entrega dos certificados da formação em “Cozinha Básica” e “Primeiros Socorros e Combate ao Incêndio” foi presidida pelo Presidente da Ficase, Albertino Fernandes.
Albertino Fernandes voltou a reafirmar que esta iniciativa se enquadra no processo de valorização das cozinheiras, lembrando que foi resolvida a situação laboral, em termos salarial e de garantias sociais, nomeadamente, a inscrição no Sistema Nacional de Previdência Social (INPS), a partir de 2017.
De recordar que em 2016 a situação laboral das cozinheiras das cantinas escolares era bastante precária, com um salário que variava entre 6 a 8 mil escudos, sem direito a reforma nem a previdência social.
A partir de 2017, o Governo investiu mais de 100 mil contos na regularização da situação laboral de 738 cozinheiras das cantinas escolares, atribuindo o salário mínimo de 15 mil escudos, inscrição no INPS e com direito a uma reforma condigna.
Para além do aumento salarial, as cozinheiras beneficiam ainda de melhorias nas condições de trabalho, com a reabilitação das cozinhas, investimentos nos utensílios e equipamentos individuais e de cozinha, bem como ações de formações direcionadas às cozinheiras.
A formação em “Cozinha Básica” foi promovida pela FICASE e ministrada pela Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, com financiamento do Grupo de Parceiros para Educação (GPE), no âmbito do projeto QIRD (Qualidade para Inclusão e Redução das Disparidades). Já a formação em “Primeiros Socorros e Combate ao Incêndio”, foi financiada pela FICASE.
As duas ações de formação, de abrangência nacional, contam com a parceria das Delegações do Ministério da Educação, e surgem da necessidade de capacitação e atualização de conhecimentos das cozinheiras, especialmente daquelas que integraram as cantinas escolares recentemente, em substituição às profissionais que já se encontram em regime de reforma, visando, desta forma, a sustentabilidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A formação em Cozinha Básica, de caráter teórico-prática, decorreu durante duas semanas contemplando dois módulos (Higiene e Segurança Alimentar - 2 horas) e (Técnicas Básicas de Confeção Culinária - 48 horas), com uma carga horária total de 50 horas.