2021-08-17
O Ministro da Educação disse hoje que é responsabilidade do ministério assegurar a tempo todas as condições para que o ano lectivo 2021/2022, com data prevista para arranque a 13 de Setembro, aconteça “sem qualquer anomalia”.
“O novo ano lectivo está em preparação desde Março, e desde essa altura temos vindo a dizer que pretendemos normalizar o funcionamento das escolas e do sistema educativo. Por isso, estamos a criar todas as condições para que haja uma normalização efectiva, a todos os níveis”, precisou Amadeu Cruz.
O governante fez essas declarações à imprensa, à margem do encontro que manteve, na manhã de hoje, na Escola Secundária Cesaltina Ramos, com a equipa da Delegação do Ministério da Educação da Praia, directores dos agrupamentos e responsáveis das escolas do concelho da Praia.
O objectivo era o de o governo se inteirar da gestão pedagógica, gestão dos recursos humanos, da acção social escolar, do plano de manutenção e reabilitação de infraestruturas escolares, assim como do processo de vacinação dos professores e restantes trabalhadores das escolas.
Conforme Amadeu Cruz, é fundamental que no ano lectivo que ora inicia o Ministério mantenha a estabilidade de funcionamento das escolas e estruturas da educação, mas também que “se melhore a qualidade de ensino, inclusão educativa e trabalha com todos, para poder vencer”.
Neste âmbito, garantiu que todas as medidas de organização e de segurança estão estabelecidas para que não haja instabilidade no ano lectivo que ora se inicia.
“Quanto à organização do ano lectivo, estamos satisfeitos com o trabalho feito e pensamos que, no concelho da Praia, não haverá problemas com contratação dos professores, pois, concretizamos já as transferências dos docentes, pelo que temos a totalidade dos professores disponíveis para os diferentes concelhos do País”, afirmou.
Na sua declaração, o ministro da Educação avançou ainda que o ministério que tutela já iniciou o processo de contratação de novos professores para poder assim normalizar o corpo docente a ser deslocado a outros concelhos, esperando ter a partir de 06 ou 07 de Setembro todos os professores disponíveis nas escolas.
“Em matéria do corpo docente, já reunimos condições para que todas as escolas, a nível nacional, funcionem dentro da normalidade”, realçou, lembrando também que, em articulação com as autoridades sanitárias do País, o ministério está a trabalhar para reforçar as medidas de segurança nas escolas.
Neste momento, avançou, um pouco em todo o País, o Ministério da Educação está a trabalhar na reabilitação de escolas, sendo que no concelho da Praia, com apoio da Cooperação Luxemburguesa, a maior parte já dispõe de casas de banho e cozinhas reabilitadas.
Garantiu ainda que já foram reabilitadas, até o momento, “mais de 200 escolas” a nível do País e que se está ainda a reabilitar o liceu de Ribeira Brava, em São Nicolau, a construir-se um novo liceu na Boa Vista, a reabilitar o liceu Amílcar Cabral, em Assomada, para além de trabalhos realizados a nível das escolas técnicas.
No processo de construção e reabilitação previsto para este ano lectivo, realçou que a construção do Liceu da Várzea é prioridade.
Face a esse trabalho, o ministro da Educação admitiu ser imprescindível consolidar, neste ano lectivo, a reforma a nível do Ensino Básico e iniciar-se a reforma no Ensino Secundário que este ano, segundo disse, irá funcionar com “uma nova matriz curricular”.
“Está em elaboração as orientações gerais desta reforma vamos iniciar este ano a implementação da nova matriz do 9º ano, reduzindo os tempos lectivos, mas tendo o ano como propedêutico da preparação vocacional para um ensino mais direccionado e específico”, explicou, salientando que o ensino técnico será contemplado nesta reforma com o alargamento a três anos, assim como acontece em outros países a nível global.
Em perspectiva, anunciou a intenção do ministério em cumprir o Programa do Governo, neste sector, alinhando o Ensino Secundário às perspectivas de desenvolvimento dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Tudo isso, frisou, para que os jovens cabo-verdianos ao saírem do 12º tenham “o perfil adequado” para o ingresso no ensino superior no País ou no exterior.
O ministro da Educação congratulou-se ainda com os indicadores da eficácia do sistema, o que demonstra “resultados positivos”, aludiu, nível nacional, sendo as taxas do Ensino Básico acima de 90%, o do Ensino Secundário acima de 75%, enquanto que o abandono escolar se situou abaixo de 2%, não obstante as dificuldades imposta pela pandemia da covid-19.
Fonte: Inforpress